O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na última sexta-feira (25) sua visita a Roma, onde expressou desculpas ao papa Francisco por críticas feitas anteriormente. O papa, por sua vez, minimizou as declarações de Milei, classificando-as como “erros de juventude”. As observações críticas do presidente argentino foram especialmente notáveis após o falecimento do líder religioso, sinalizando uma mudança no tom de Milei, que anteriormente havia criticado Francisco de forma contundente.
Milei, identificado como um defensor do ultraliberalismo, havia questionado a postura do papa em favor de um papel mais ativo do Estado na sociedade. Em declarações passadas, o presidente se referiu a Francisco de maneira depreciativa, indicando a tensão entre suas perspectivas políticas.
“Sim, claro que pedi desculpas a ele. E ele me disse ‘Não esquenta, são erros de juventude'”, comentou Milei sobre o encontro realizado em 12 de fevereiro de 2024. Durante sua visita à capital italiana, Milei também lamentou a morte do papa, chamando-o de “o argentino mais importante da história”.
Francisco, que manteve uma relação complexa com a Argentina, havia afirmado em 2021 que não retornaria mais ao país. Essa declaração evidencia a ambivalência do papa em relação à sua terra natal, mesmo após seu falecimento, que gerou uma série de homenagens e reflexões sobre seu legado.