O retorno das atividades no Congresso Nacional, previsto para a próxima segunda-feira (10), após o recesso de Carnaval, pode impactar o progresso da proposta de isenção do Imposto de Renda para cidadãos com rendimentos de até R$ 5.000. Essa medida é considerada uma prioridade pelo governo brasileiro, que busca aumentar sua popularidade e espera aprovar a proposta ainda neste ano, visando sua implementação em 2026, um ano eleitoral.
Atualmente, a pauta econômica é tratada como essencial pelo governo, que acredita que ações como a isenção do Imposto de Renda podem contribuir para melhorar a imagem do presidente Lula. A proposta original foi apresentada em outubro do ano anterior, juntamente com um pacote de redução de gastos. Embora tenha sido uma promessa de campanha do presidente, a medida enfrenta resistência tanto do mercado financeiro quanto de parlamentares. O governo optou por adiar a apresentação formal do projeto para 2025, mas espera-se que uma nova versão do texto seja apresentada após o recesso.
No âmbito do Congresso, tanto a base aliada do governo quanto a oposição têm discutido propostas similares. A base governista sugere a isenção para rendimentos de até R$ 5.000, enquanto a oposição propôs um limite mais elevado, de R$ 10.000. Apesar da formalização desses projetos, ainda não houve avanços significativos no Legislativo. O governo reiterou, através dos ministros da Fazenda e da Saúde, a prioridade da proposta, mas o texto definitivo ainda não foi divulgado.
