Em uma entrevista recente à Jovem Pan, a ministra da Cultura revelou que buscou a orientação do comitê de ética quanto ao recebimento de recursos das prefeituras de Salvador e Fortaleza para suas apresentações artísticas durante o Carnaval de 2025. A declaração surge em meio a controvérsias sobre a legalidade desses recebimentos.
Margareth Menezes afirmou que recebeu mais de R$ 600 mil das referidas prefeituras, o que gerou um intenso debate sobre possíveis irregularidades e resultou em uma ação popular na Justiça Federal do Distrito Federal. Tal ação foi promovida por um advogado que já havia decidido em 2023 que a ministra não poderia receber dinheiro público para eventos artísticos, alegando conflito de interesses.
O advogado, ex-conselheiro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, questiona a legalidade dos pagamentos destinados a Menezes. Em resposta, a ministra defendeu que todas as suas ações foram pautadas por orientações legais e que, antes de aceitar as apresentações, consultou as instâncias internas do governo. Ela afirmou que não é incomum que ministros da Cultura sejam artistas.
Menezes mencionou que, durante todas as suas atividades, procurou a orientação do comitê de ética, que não encontrou irregularidades em sua conduta. A ministra reforçou que sua atuação artística é parte de seu trabalho e que todas as consultas feitas foram devidamente seguindo os procedimentos estabelecidos, o que assegurou a legalidade de suas ações durante o processo.
