O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou em entrevista que a proposta de lei que busca anistia para os condenados em relação aos eventos de 8 de janeiro não representa uma pauta abrangente para o Brasil, mas sim uma questão específica associada a grupos radicais. O ministro ressaltou que a análise desse assunto cabe ao Supremo Tribunal Federal. Ele argumentou que o foco deve ser a definição legal das denúncias e das condenações, expressando a expectativa de que o tribunal desempenhe suas funções institucionais adequadamente.
Além disso, Costa Filho manifestou críticas ao ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na praia de Copacabana. Segundo ele, a manifestação foi caracterizada por um baixo comparecimento, carecendo de propostas políticas pertinentes. O ministro observou que o evento não gerou diálogo com a sociedade, já que não foram apresentadas sugestões construtivas, mas críticas vazias, sem abordar questões relevantes como segurança pública e educação.
O ato em Copacabana concentrou-se nos pedidos de anistia, tema que está sendo discutido na Câmara dos Deputados desde o ano anterior. A oposição planeja protocolar um pedido de urgência para esse projeto de lei nesta semana. A proposta também vislumbra a possibilidade de beneficiar Bolsonaro, com a intenção de tornar sua candidatura viável para as eleições de 2026.
De acordo com dados do Datafolha, a manifestação de domingo reuniu cerca de 30 mil participantes, número significativamente inferior à expectativa de um milhão de pessoas que Bolsonaro havia projetado. Durante o evento, o ex-presidente fez críticas ao Supremo Tribunal Federal, alegando perseguição política, e reafirmou sua intenção de concorrer em 2026. O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo governadores de diferentes estados.
