O Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, fez uma declaração que pode ser interpretada como uma amenaza de renunciar caso aceite os termos do acordo de cessar-fogo em relação aos reféns. “O acordo que será submetido ao governo é inaceitável e representa um risco à segurança nacional do Estado de Israel”, afirmou o legislador de extrema direita em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15), representando seu partido Sionismo Religioso, que se opõe a qualquer cedência ao Hamas. “Estamos firmemente contra isso.”
“Uma condição inegociável para que continuemos no governo é a garantia de que retornaremos à guerra com força total, em grande escala e com uma nova estratégia até que alcancemos uma vitória completa sobre todos os seus elementos, especialmente com a destruição da organização terrorista Hamas e o retorno seguro de todos os sequestrados para suas famílias”, acrescentou Smotrich.
Sua declaração se alinha com a posição do Fórum Tikva, um grupo de direita que defende os reféns e que instou os membros do gabinete de Netanyahu a não apoiarem o acordo de cessar-fogo. “Nos últimos dois dias, o primeiro-ministro e eu temos conduzido intensas discussões sobre esse tema”, destacou Smotrich. “Ele está ciente das exigências específicas do Sionismo Religioso, e agora depende dele agir.”
Para que o acordo seja implementado, é necessário receber a aprovação tanto do gabinete de segurança quanto do gabinete governamental. Além disso, o governo deve permitir um prazo para que os opositores ao acordo possam apresentar suas objeções à Suprema Corte, conforme informado por uma fonte israelense.