As investigações indicam que, durante seu mandato como deputado federal, Juscelino Filho teria direcionado recursos ao município de Vitorino Freire, no Maranhão, cuja prefeita na época era sua irmã.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Juscelino Filho, que atualmente ocupa o cargo de ministro das Comunicações, mencionando possíveis irregularidades na destinação de emendas parlamentares durante seu tempo como deputado. O caso está em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e um eventual desdobramento poderá resultar no afastamento do ministro. Juscelino nega as alegações e se declara inocente, manifestando confiança na rejeição da denúncia pela Corte. Este representa o primeiro caso de denúncia formal contra um membro do governo Lula desde o início do atual mandato. O ministro Flávio Dino é o relator do processo no STF, e, no ano anterior, Juscelino já havia sido indiciado pela Polícia Federal em razão de acusações relacionadas a organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O presidente Lula declarou que, se um indiciamento ocorrer, o ministro será afastado de suas funções. A defesa de Juscelino argumenta que a denúncia não apresenta evidências suficientes para comprovar sua culpa, ressaltando que as indicações de emendas foram para obras, enquanto a execução e fiscalização dessas ações cabe ao Poder Executivo. O inquérito investiga possíveis desvios em emendas que tinham como objetivo a pavimentação de ruas na cidade de Vitorino Freire, administrada na época pela irmã de Juscelino. O ministro criticou o processo investigativo, alegando que ele distorce a realidade e desconsidera os argumentos apresentados em sua defesa.