A Dinamarca reafirmou, nesta sexta-feira (31), que não está disponível para negociação, em resposta às declarações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre o interesse do presidente Donald Trump em adquirir a Groenlândia. Trump mencionou que teria a intenção de anexar a ilha autônoma da Dinamarca aos Estados Unidos e não descartou a utilização de pressões militares ou econômicas para persuadir a Dinamarca a ceder o território.
Rubio comentou no programa The Megyn Kelly Show, da Sirius XM, na quinta-feira (30), afirmando que a compra da Groenlândia representa um interesse nacional dos americanos. Ele salientou que Trump não exclui a possibilidade de recorrer à coerção militar para garantir a aquisição, enfatizando a importância de não perder a oportunidade.
“Isso não é uma piada”, avaliou Rubio. “Não se trata de adquirir terras apenas por adquirir. É algo ligado ao nosso interesse nacional e deve ser solucionado.” Em resposta às declarações, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, disse que ficaria mais impressionado se Rubio tivesse afirmado que a situação era uma brincadeira.
“Queremos deixar claro – e isso é válido também para a Groenlândia – que a Groenlândia não está à venda.” A ilha, que abriga aproximadamente 57 mil habitantes que administram suas próprias questões internas, é defendida e protegida pela Dinamarca, que afirma que apenas os groenlandeses têm o poder de decidir sobre seu futuro. Os Estados Unidos mantêm uma base aérea na ilha com base em um tratado. Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos groenlandeses apoia uma relação mais flexível com a Dinamarca, mas se opõe à possibilidade de se tornarem parte dos Estados Unidos.