A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investigou e esclareceu o caso do assassinato de Thalita Marques Berquó Ramos, de 36 anos. Seus restos mortais foram encontrados em janeiro, na Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal. Recentemente, foi identificado que o torso da vítima estava enterrado no Parque Ezequias, localizado no Guará II, com a descoberta ocorrendo em 17 de março, em uma área indicada por um dos suspeitos do crime.
Segundo informações do delegado Antônio Dimitrov, da 1ª Delegacia de Polícia, Thalita foi morta no dia 13 de janeiro. A mulher havia passado o fim de semana anterior com amigos e, na manhã de segunda-feira, utilizou um carro de aplicativo para se deslocar até um prédio no Guará II. Ao se dirigir a uma área de invasão dentro do parque para adquirir drogas, Thalita foi levada até a margem de um córrego. O assassinato teria sido motivado por um desentendimento relacionado à qualidade da droga entre a vítima e os agressores, que incluíam um homem de 36 anos e dois adolescentes de 15 e 17 anos. A perícia confirmou que Thalita foi esfaqueada e atacada com pedradas na cabeça.
A ocorrência de desaparecimento foi registrada pela família de Thalita no dia 2 de fevereiro. Sua mãe alegou em depoimento que a filha usava drogas de forma ocasional e já havia sido internada por problemas relacionados ao uso de entorpecentes. Além disso, a mãe mencionou que Thalita tinha desaparecido anteriormente, mas nunca por um período tão longo. Durante os dias 11 e 13 de janeiro, Thalita comunicou-se com sua mãe por mensagens de texto, sendo que este último contato foi feito poucos momentos antes do crime.
Na sexta-feira, um dos adolescentes e o homem foram capturados, enquanto o segundo menor permanece foragido. O adulto já se encontrava preso preventivamente por tentativa de homicídio, ocorrida em dezembro do ano anterior, e recebeu nova prisão nove dias após o assassinato de Thalita. Ele enfrentará charges por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Os adolescentes também poderão ser responsabilizados por ato infracional análogo aos delitos de homicídio e ocultação de cadáver.