Movimentos sociais de orientação progressista organizaram manifestações neste domingo, 30, em várias capitais do Brasil, com o objetivo de protestar contra os pedidos de anistia para os indivíduos detidos em relação aos eventos de 8 de janeiro. Os atos que ocorreram nas cidades do Nordeste na parte da manhã, além de uma manifestação programada para a tarde na capital paulista, contaram com participantes que exibiram faixas em defesa da democracia e que se opõem ao perdão dos crimes cometidos há dois anos, especialmente na Praça dos Três Poderes.
Essas manifestações foram realizadas apenas quatro dias após a formalização de Jair Bolsonaro como réu no Supremo Tribunal Federal, onde ele é acusado de incitar a tentativa de golpe que resultou em atos de vandalismo em 8 de janeiro de 2023. Movimentos como as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram atos em diversas cidades, incluindo Fortaleza (CE), Belém (PA), São Luís (MA) e Recife (PE) pela manhã, além de Brasília, Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG).
Em São Paulo, a manifestação teve início programado para às 13 horas, na Praça Oswaldo Cruz, seguindo por um trajeto de pouco mais de um quilômetro até o antigo local do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna), um marco da era da ditadura militar. Este ato ocorre na véspera do aniversário do golpe militar de 1964, que se deu em 31 de março daquele ano.
Nas várias capitais onde ocorreram os protestos, faixas foram estendidas com mensagens como “sem anistia, golpistas”, “democracia sempre” e “Bolsonaro na prisão”. No Rio de Janeiro, mesmo na ausência de uma manifestação, uma bandeira foi colocada nos Arcos da Lapa, com a frase “sem anistia para quem ataca a democracia”.
Durante a concentração do ato em São Paulo, também participaram representantes de centrais sindicais e membros de partidos políticos. Esperava-se a presença de deputados federais como Guilherme Boulos (PSOL/SP), Lindbergh Farias (PT/RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP). Boulos e Erika convocaram seus apoiadores a se unirem à manifestação por meio de suas redes sociais.
