O julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aborda eventos relacionados ao 12 de dezembro de 2022 e ao 8 de janeiro de 2023, evidenciando tentativas de golpe que foram sustentadas por produções de vídeos editados, semelhante às táticas utilizadas por grupos bolsonaristas nas redes sociais para formar narrativas, muitas vezes infundadas em mentiras.
Durante a análise da aceitação da denúncia contra figuras como Jair Bolsonaro e outros envolvidos no “núcleo crucial”, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, cometeu um deslize ao apresentar o material audiovisual. O vídeo demonstrou que os acontecimentos não se restringiram a um mero vandalismo, como argumentado pelos acusados, mas representaram uma verdadeira tentativa de desmantelar o estado democrático de direito no Brasil.
A acusação da procuradoria-geral da República apresenta evidências substanciais de que havia uma intenção explícita de instaurar um golpe com a colaboração das Forças Armadas. Na medida em que a liderança do Exército e da Aeronáutica se opôs, o grupo central buscou incitar os eventos do dia 8 de janeiro.
A destruição das sedes dos Três Poderes, assim como a tentativa de golpe, não requer edições para evidenciar sua gravidade, especialmente no que diz respeito ao impacto sobre os ministros do STF – como Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux. A abordagem de Moraes, que utiliza as ferramentas do bolsonarismo contra o próprio movimento, pode resultar em consequências inesperadas, considerando a relevância deste julgamento no contexto histórico do STF.
