O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu revogar na noite de sexta-feira, 13, a prisão do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que ocupou cargo no governo Jair Bolsonaro. Machado foi detido na mesma manhã durante uma operação que investiga a suposta tentativa de obtenção de um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Com a revogação da prisão preventiva, o ministro impôs medidas cautelares a Machado. Entre as determinações, estão o cancelamento do passaporte, a proibição de deixar o país e a restrição de deslocamento apenas à sua região de residência. Além disso, ele deverá se apresentar à Justiça a cada quinze dias e está impedido de manter contato com outros indivíduos envolvidos na investigação.
Moraes alegou que existem “indícios suficientes” de que Machado pode ter auxiliado Cid com a intenção de “se furtar da aplicação da lei penal”. No entanto, as ações realizadas pela Polícia Federal na sexta-feira, que incluíram a apreensão de celulares e o depoimento prestado por Machado, levaram o ministro a concluir que a manutenção da prisão não era mais necessária.