Na última semana, a deputada viajou para a Itália, buscando evitar a execução da pena. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu que a defesa da parlamentar seria realizada pela Defensoria Pública da União (DPU).
Na sexta-feira, o ministro negou um recurso da DPU contra a execução imediata da condenação de Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão. A pena foi imposta em decorrência da invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A defesa argumentou que a condenação não deveria ser executada, uma vez que a Primeira Turma da Corte havia rejeitado o último recurso da deputada e ainda havia outros recursos pendentes.
Ao considerar o caso, o ministro reafirmou a decisão do colegiado que havia condenado a deputada. Em seu julgamento, Moraes afirmou que não havia contradição nas alegações da defesa, pois a embargante, Carla Zambelli, assim como o hacker Walter Delgatti, expressava um mero descontentamento com a decisão da turma julgadora.
Walter Delgatti foi condenado a oito anos e três meses de prisão pelo mesmo processo, com investigações indicando que a invasão do sistema foi realizada por ele sob a orientação de Zambelli. Em um desdobramento recente, Moraes encaminhou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o pedido de extradição da deputada, sendo responsabilidade do Executivo federal solicitar a ação ao governo italiano.
