A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira. O anúncio ocorreu durante uma conversa entre os dois, enquanto um colega de Nísia estava buscando informações sobre a confirmação da demissão.
Ao ser questionado sobre a comunicação de Nísia em relação à sua saída, um dos ministros destacou que ela não fazia parte do grupo de WhatsApp que inclui os integrantes do alto escalão do governo, explicando que esse grupo é restrito a ministros políticos. A dificuldade de Nísia em navegar nas dinâmicas políticas, dada sua origem técnica, e o interesse da classe política pelo controle do ministério foram fatores que contribuíram para sua substituição.
Alexandre Padilha, que atualmente ocupa a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, foi escolhido como o novo ministro da Saúde e assumirá o cargo em 10 de março.
Sobre a possível escolha de um substituto para Padilha na articulação política, um ministro expressou apoio ao deputado federal Isnaldo Bulhões, que é líder do MDB na Câmara dos Deputados. Ele ressaltou que essa nomeação seria vantajosa, embora a dúvida se mantenha sobre a possibilidade de Lula optar por um representante do próprio PT para essa função. O presidente revelou que já tomou uma decisão a respeito do substituto de Padilha, mas ainda não divulgou essa informação à imprensa.
