Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, foi indiciado por homicídio doloso, tendo sua prisão em flagrante convertida para preventiva após uma audiência de custódia realizada na quinta-feira, dia 10. O acidente ocorreu na quarta-feira, 9, na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, onde Sampaio atropelou e matou duas jovens, ambas com 18 anos. A força do impacto arremessou os corpos das vítimas a cerca de 50 metros do local do ocorrido.
A defesa do motorista emitiu uma nota oficial manifestando seu profundo abalo emocional e choque diante da tragédia. Na declaração, que foi divulgada por um escritório de advocacia, os representantes legais de Sampaio afirmaram que as jovens atravessaram a rua desrespeitando o sinal vermelho para pedestres. Os advogados argumentaram ainda que, mesmo que a velocidade do veículo não estivesse de acordo com as normas, o incidente se configura como uma fatalidade que será esclarecida através das investigações e perícia técnica.
Os advogados também esclareceram que não há informações precisas sobre a velocidade do veículo no momento do acidente, uma vez que Sampaio não se recorda dos detalhes do impacto. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o motorista foi indiciado por homicídio doloso, e sua prisão foi alterada para preventiva após a audiência. O juiz responsável pela decisão foi o do Plantão Judicial da Comarca de Santo André, que encaminhou Sampaio para o Centro de Detenção Provisória de São Bernardo do Campo. A defesa informou que um pedido de revogação da prisão preventiva seria protocolado, mas até o momento não há confirmação de que o procedimento foi realizado.
A Secretaria da Segurança Pública também anunciou que exames periciais foram requisitados ao Instituto de Criminalística para analisar o veículo de Sampaio. Essa análise visa elucidar a dinâmica do acidente e verificar se houve modificações no automóvel, que em geral são realizadas para aumentar a potência do veículo. A defesa ainda não se pronunciou sobre essa questão.
Uma testemunha afirmou à polícia que, no momento do acidente, Sampaio parecia estar participando de uma disputa de velocidade com outro veículo. Diante dessa alegação, as autoridades consideram que ele teria assumido o risco de causar um acidente fatal. A polícia expressou que, ao se envolver em uma atividade extremamente perigosa como “racha” em via pública, Sampaio consentiu com a possibilidade de um resultado trágico, caracterizando assim dolo eventual. Entretanto, a defesa do motorista refuta essa afirmação.
Sampaio já acumulava doze infrações de trânsito, com sete destas relacionadas ao excesso de velocidade. Essa informação foi revelada pela delegada responsável pela investigação, que informou ainda que a Polícia Civil obteve imagens que confirmam que o motorista dirigia de forma imprudente. Após o acidente, Sampaio permaneceu no local, prestou socorro e se submeteu a um teste de alcoolemia, que resultou negativo.
As vítimas do acidente, identificadas como amigas próximas, estavam celebrando a conquista de um novo emprego pela jovem Isabelli, que começaria a nova etapa profissional na semana seguinte. Segundo relatos de familiares, as duas eram inseparáveis e compartilham um forte laço, tendo estudado juntas durante o ensino médio.
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