Durante a audiência de custódia realizada na quinta-feira (11), Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, que foi preso após atropelar e matar duas jovens em São Caetano do Sul, alegou que o semáforo estava amarelo e que não teve tempo suficiente para frear seu veículo. Ele afirmou: “Estava trafegando na rua normalmente, voltando da faculdade para casa, e me deparei com o semáforo. Quando olhei, ele estava amarelo, e ao verificar o meu sinal, ainda estava verde. Foi então que colidi com as duas mulheres.”
O estudante de direito relatou que após o acidente, ele saiu do carro e permaneceu no local até a chegada dos serviços de emergência. “Eu parei o carro, tentei prestar socorro. Um homem que estava ao meu lado já estava acionando a ambulância, e fiquei ali até a chegada de todos”, declarou Brendo. Ele também se manifestou sobre a situação em que se encontrou e a assistência prestada. “Tentei ajudar. Havia algumas pessoas na proximidade, mas não consegui ligar para o pronto-socorro. Foi uma pessoa ao meu lado que fez essa chamada.”
Brendo afirmou ainda que não ofereceu resistência no momento da prisão e que submeteu-se a todos os exames solicitados. “Realizei todos os exames, incluindo teste de alcoolemia, toxicológico, exame de sangue e urina”, informou.
Durante a audiência, o juiz decidiu converter a prisão em flagrante de Brendo para prisão preventiva. O magistrado observou que “o carro do acusado havia sido modificado para aumentar a potência da aceleração, possuindo dois escapamentos esportivos, o que sugere a possível participação em ‘rachas’.” Ele enfatizou que “a falta de respeito e empatia pelos outros, assim como um desdém pelas normas sociais, impedem sua soltura nesse momento.” Na decisão, o juiz apontou que o acusado aparentemente não tinha noção das consequências de suas ações e acreditava na impunidade.
Em nota, os advogados de Brendo afirmaram que ele prestou socorro imediatamente após o acidente e que não conseguiu visualizar as vítimas, alegando que o semáforo estava vermelho para elas.