O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira (1) a nomeação de Mike Waltz para a posição de embaixador das Nações Unidas, transferindo-o do cargo de conselheiro de segurança nacional. Waltz perdeu significativa influência na administração após adicionar, por engano, o editor-chefe de uma revista a um grupo de mensagens no aplicativo Signal, onde detalhes de operações militares eram discutidos. Esta mudança representa a primeira grande alteração na Casa Branca e é vista como uma espécie de prêmio de consolo, considerando que o papel de embaixador na ONU não é valorizado por Trump.
Desde o início da semana, era evidente que a liderança de Waltz no Conselho de Segurança Nacional estava comprometida. Sua posição deteriorou-se após um jornalista revelar que ele havia sido inserido em um grupo de mensagens com outras autoridades dos Estados Unidos, no qual um plano de ataque contra os Houthis no Iémen foi debatido. Embora Trump tenha defendido Waltz naquela ocasião, o conselheiro não conseguiu restaurar sua influência dentro da administração.
Marco Rubio foi designado como secretário de Estado e conselheiro interino de segurança nacional, conforme foi declarado por Trump em uma postagem nas redes sociais. A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, manifestou confiança na capacidade de Rubio em desempenhar ambos os papéis e destacou sua “estreita relação de trabalho” com Trump. Além disso, Rubio ocupa outras funções no governo, incluindo a de arquivista nacional e administrador interino da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Durante um discurso no Rose Garden na mesma data, Trump não fez menção a Waltz, mas elogiou outros membros de seu gabinete, como o secretário de defesa Pete Hegseth, que também participou das conversas no Signal. Hegseth é visto como tendo mais apoio entre a base do movimento MAGA do que Waltz, que era considerado com desconfiança entre o eleitorado.
Em resposta à sua nova designação, Waltz expressou, em uma postagem nas redes sociais, que se sentiu “profundamente honrado” em continuar servindo Trump e o país. A reação dos democratas no Capitólio dos EUA foi predominantemente negativa em relação à saída de Waltz, com muitos acreditando que Hegseth deveria ter sido o demitido.
No decorrer de seu primeiro mandato, Trump teve três conselheiros de segurança nacional distintos. Michael Flynn foi o primeiro, permanecendo apenas 25 dias no cargo. H.R. McMaster ocupou a posição por mais de 13 meses, seguido pela nomeação de John Bolton, que também foi demitido cerca de um ano depois. Robert O’Brien assumiu a função posteriormente.