Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, suspeita de homicídio e violência contra o menino Arthur Ramos Nascimento, de dois anos, esteve presente em audiência de custódia na quarta-feira (19). Durante essa sessão, ela alegou ter sofrido violência policial durante seu transporte para a Delegacia de Polícia de Tabira, localizada no Sertão de Pernambuco. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que a denúncia foi encaminhada ao juiz de plantão, que remeteu a acusação à Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social para investigação.
O crime ocorreu no último domingo (16), também em Tabira. De acordo com as investigações, Giselda e seu marido, Antônio Lopes Severo, eram responsáveis pelos cuidados de Arthur. A Polícia Civil os considera os principais suspeitos do homicídio. Ambos foram detidos na zona rural de Carnaíba, na mesma região do estado. Durante o traslado para a delegacia, Antônio Lopes foi retirado da viatura por um grupo de pessoas, ocorrendo um linchamento que resultou em sua morte. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram a aglomeração de pessoas aguardando a chegada do casal detido.
Giselda, que também sofreu ferimentos, foi levada a uma unidade de saúde para atendimento, onde recebeu alta posteriormente. Atualmente, ela está sob custódia em um presídio feminino em Pernambuco, cujo nome não foi divulgado por questões de segurança. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que a transferência do casal foi realizada sob escolta policial. A secretaria detalhou que Antônio e Giselda foram conduzidos para a delegacia responsável pela investigação do caso.
O caso de Arthur Ramos Nascimento, que foi levado ao hospital com diversas lesões indicando violência física e sexual, foi registrado no mesmo dia em que foi encontrado. A criança não sobreviveu aos ferimentos, falecendo logo após dar entrada na unidade de saúde. A Polícia Civil anunciou que um inquérito foi instaurado para investigar o crime, classificando a morte de Arthur como homicídio dentro do contexto de violência doméstica e familiar. O TJPE, devido ao sigilo da investigação, informou que não pode fornecer detalhes adicionais sobre o caso no momento.