A deputada Delegada Katarina (PSD-SE) foi escolhida como a 3ª secretária da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, obtendo 445 votos, um a mais que o presidente escolhido, Hugo Motta (Republicanos-PB), na eleição realizada no último sábado (1°). Com isso, Katarina se torna a única representante feminina na direção da Casa, que possui 11 cargos, incluindo quatro suplentes. Na gestão anterior, apenas uma mulher, a deputada Maria do Rosário (PT-RS), ocupou um cargo na Mesa, exercendo a função de 1ª secretaria.
Além de ter conquistado a maior quantidade de votos entre todos os cargos da Mesa, a votação para a 3ª secretaria também foi a que apresentou o menor número de votos em branco, com 54 registros — exceto o cargo de presidente, que teve apenas dois votos nulos.
No exercício de seu novo cargo, Delegada Katarina será responsável por analisar solicitações de licença, justificativas para faltas dos parlamentares e autorizações prévias para reembolso de passagens aéreas internacionais. Nas redes sociais, a deputada expressou sua “grande satisfação e responsabilidade” ao assumir a posição. “Estarei totalmente disponível para auxiliar nosso presidente, deputado Hugo Motta, no eficiente andamento dos trabalhos, mantendo o compromisso que tenho desde meu primeiro dia aqui, com toda a minha determinação e coração!”, afirmou em uma postagem.
Durante seu discurso antes da votação, Motta fez referências à bancada feminina, que atualmente conta com 72 deputadas. Ele se comprometeu a “promover ainda mais o respeito e a visibilidade das mulheres no Parlamento”. O presidente eleito se dedicou a garantir que as deputadas tenham relatorias em projetos que abrangem não apenas assuntos femininos, mas também áreas como economia, educação e segurança pública, atendendo a uma solicitação da atual líder da bancada feminina, deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
“A deliberação de projetos voltados aos interesses das mulheres também será constantemente incorporada à agenda da Casa, deixando de ser restrita apenas à semana do dia 8 de março”, enfatizou Motta no plenário. Outra meta expressa por ele é aprimorar a estrutura da Secretaria da Mulher. O novo presidente da Câmara obteve a segunda maior votação para o cargo desde a redemocratização, atrás apenas de Arthur Lira (PP-AL), que estabeleceu o recorde com 464 votos em 2023.