As mulheres formam a maioria no ensino superior no Brasil, constituindo 59,1% das aproximadamente 10 milhões de matrículas registradas. Esses dados são provenientes do Censo da Educação Superior 2023, a edição mais recente da pesquisa. De acordo com informações do Ministério da Educação, houve um aumento de 138,6% na porcentagem de mulheres matriculadas no ensino superior entre 2013 e 2023. É relevante destacar que, na educação básica, as meninas representam menos da metade dos estudantes, com 49,4% das 47,3 milhões de matrículas totais, conforme o Censo Escolar 2023. Esse cenário indica que as mulheres ingressam no ensino superior em maior proporção do que os homens.
Entretanto, as mulheres ainda enfrentam desafios relacionados à disparidade salarial no mercado de trabalho. Um boletim especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que, em cargos de direção e gerência, as mulheres recebem, em média, R$ 6.798 por mês, enquanto os homens na mesma posição têm uma média de R$ 10.126, resultando em uma diferença de R$ 3.328 por mês. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também apontam que, na faixa de menor remuneração, 37% das mulheres ganham até um salário mínimo, em comparação com 27% dos homens. Além disso, o rendimento médio real mensal das mulheres é inferior: R$ 2.697, enquanto o dos homens é de R$ 3.459. Esses dados evidenciam que, apesar do progresso das mulheres no ensino superior, essa conquista ainda não se reflete em igualdade no mercado de trabalho.
O Censo revela que 1 em cada 5 jovens com idades entre 18 e 24 anos não conseguiu concluir o ensino médio.