A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia possui um plano robusto em resposta às novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi feita em um momento em que os parceiros comerciais dos Estados Unidos se preparam para reagir à nova onda de tarifas alfandegárias, que promete trazer significativas mudanças nas relações comerciais internacionais.
As autoridades americanas anunciaram a intenção de estabelecer uma tarifa adicional de 25% sobre carros e componentes importados. Karoline Leavitt, porta-voz da administração, destacou que as tarifas entrarão em vigor imediatamente após o anúncio, ressaltando que a era em que outros países se beneficiaram à custa dos Estados Unidos está chegando ao fim. A incerteza gerada por essas decisões torna difícil para os empresários elaborarem estratégias concretas.
Após uma acentuada queda nos mercados de ações asiáticos e europeus, houve uma leve recuperação nas bolsas. Ursula von der Leyen reiterou que a Europa não pretende adotar medidas retaliatórias imediatas, no entanto, confirmou a existência de um plano para o caso de serem necessárias ações em resposta às tarifas americanas. O ministro de Assuntos Econômicos de Taiwan, Kuo Jyh-huei, mencionou que as contramedidas contra tarifas, como uma possível resposta a um aumento de 10% ou 25%, estão sendo cuidadosamente analisadas.
A possibilidade de isenções foi levantada, com o Vietnã, por exemplo, oferecendo uma redução em tarifas sobre diversas mercadorias. O Japão anunciou a criação de centros de consulta para auxiliar suas empresas, enquanto o Reino Unido busca um acordo econômico favorável. Há também planos para um grande anúncio na Casa Branca, previsto para ocorrer em breve.
Trump, em suas declarações, reiterou a ideia de que os Estados Unidos estão se mostrando indulgentes em comparação com as práticas comerciais injustas de outros países. Isso diminui a percepção de que haverá uma reciprocidade rígida nas tarifas, onde os Estados Unidos igualariam os impostos aplicados por outras nações a produtos americanos.
Apesar do entusiasmo inicial em relação às tarifas como um meio de revitalizar a indústria nacional e corrigir desequilíbrios econômicos, o impacto real das medidas pode levar a reações adversas. Economistas acreditam que, como em decisões anteriores de Trump, as tarifas poderão ter consequências imprevistas, levando a ajustes posteriores.
Além disso, a crescente retórica protecionista tem incentivado novas aproximações comerciais entre países que buscam fortalecer laços e acordos em resposta às políticas americanas. Recentemente, China, Coreia do Sul e Japão concordaram em aprofundar o comércio livre entre eles, enquanto a União Europeia está explorando formas de aumentar a colaboração com o Canadá.
Na quinta-feira, a nova tarifa de 25% sobre veículos e componentes fabricados no exterior entrará em vigor, embora haja uma exceção que prevê que veículos montados no México ou no Canadá serão taxados apenas sobre as peças não originárias dos Estados Unidos.