A rede social X, de Elon Musk, enfrentou três ondas de instabilidade a partir da manhã desta segunda-feira (10), com o fundador alegando que tais ocorrências resultam de um ataque cibernético. Dados do site de monitoramento de interrupções DownDetector indicam que os problemas tiveram início por volta das 7h, horário de Brasília, quando aproximadamente 20.538 usuários relataram dificuldades no acesso à plataforma. Após uma breve diminuição dos problemas, cerca de 40 mil usuários registraram interrupções por volta das 11h. Às 13h30, aproximadamente 26 mil relatos estavam documentados.
Diversos usuários que acessaram o DownDetector mencionaram que o aplicativo não estava carregando corretamente, com a classificação da instabilidade sugerindo que o problema é global, conforme indicado por relatos em sites internacionais. É importante ressaltar que os dados do DownDetector são oriundos dos próprios usuários, o que pode não refletir a totalidade do problema enfrentado.
A CNN buscou contato com a equipe da X, no entanto, a empresa comumente não se pronuncia em relação a consultas da mídia. Musk expressou a crença de que há a participação de “um grande e coordenado grupo e/ou um país” no incidente, embora as motivações exatas por trás do ataque ainda não tenham sido corroboradas. Desde a aquisição da plataforma, então conhecida como Twitter, em 2022, Musk implementou cortes significativos e alterações abrangentes.
Imediatamente após a compra, os principais executivos foram demitidos e, poucos dias depois, cerca de 3.500 funcionários, o que representa cerca de metade da força de trabalho da X, foram dispensados. Ao todo, 80% da equipe foi demitida, e os funcionários restantes foram convocados a retornar ao trabalho presencial em tempo integral. A situação foi desafiadora para os negócios do bilionário, que também é responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Donald Trump. Nesta segunda-feira, as ações da Tesla sofreram uma queda de até 12% durante o pregão, revertendo os ganhos acumulados desde a eleição de Trump em novembro de 2024.
