12 março 2025
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Nasdaq Desce 4% com Medos de Recessão nos EUA

O início da semana revelou um cenário desfavorável para o pregão, com expressivas quedas nas bolsas de Wall Street, notavelmente a Nasdaq, que encerrou com uma diminuição de 4%. A desvalorização de commodities, como petróleo e minério de ferro, teve um impacto significativo no mercado global, refletindo também no Brasil. O índice Ibovespa, por sua vez, fechou com baixa, apresentando Magazine Luiza como uma exceção ao registrar um aumento de 5% após anunciar reformas em sua estrutura organizacional com o intuito de impulsionar sua plataforma digital.

O dólar à vista aumentou em 1,13%, estabelecendo a cotação em R$5,8549. O Ibovespa, por seu lado, diminuiu em 0,41%, atingindo 124.519,38 pontos, com máximas de 125.031,3 pontos e mínimas de 123.471,46 pontos durante o dia. O volume financeiro totalizou R$20,3 bilhões nessa segunda-feira.

Conforme o dia avançava, as preocupações em torno da economia americana se intensificaram, especialmente após a divulgação de dados e pesquisas recentes que não atenderam as expectativas, além das incertezas sobre as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, que afetaram a confiança do mercado.

Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram um desempenho negativo logo no início da semana, motivadas pelo temor de que as tarifas comerciais implementadas pelo governo de Trump possam levar a uma desaceleração econômica. O S&P 500 registrou queda de 2,7%, e o Dow Jones caiu 2,08%, além da já mencionada queda significativa da Nasdaq.

Na sexta-feira, um relatório de empregos referente ao mês de fevereiro já havia acendido um sinal de alerta no mercado, uma vez que foram criados 151 mil postos de trabalho, número que ficou abaixo da previsão de 160 mil empregos segundo uma pesquisa da Reuters.

Os investidores demonstraram um crescente pessimismo com várias pesquisas recentes que indicaram um enfraquecimento da confiança tanto de consumidores quanto de empresários. Essa deterioração foi agravada pelo clima de insegurança gerado pelas ameaças tarifárias do presidente dos EUA. As declarações de Trump no final de semana contribuíram para acentuar o pessimismo nos mercados e a aversão ao risco observada.

Em uma entrevista à Fox News, o presidente dos EUA evitou afirmar se a economia do país está à beira de uma recessão por causa das tarifas planejadas sobre Canadá, México e China. Ele mencionou que os Estados Unidos enfrentariam um “período de transição”, mas expressou otimismo quanto aos resultados finais. Esta incerteza reforçou os receios dos investidores em relação à economia americana.

O especialista em investimentos, Alison Correia, comentou que a queda do índice da bolsa de São Paulo representa um movimento de correção após a alta da sexta-feira, refletindo o “maus humor” das bolsas internacionais. Os analistas do Itaú BBA ressaltaram que, embora o Ibovespa ainda esteja em uma posição indefinida no curto prazo, ele conseguiu superar a resistência em 124.500 pontos, o que pode potencializar um cenário de recuperação, almejando resistências em 128 e 129,6 mil pontos.

No contexto interno, as preocupações do mercado giram em torno da direção das contas públicas, com investidores apreensivos sobre as medidas que o governo poderá implementar para conter a inflação dos alimentos e lidar com a crescente insatisfação em relação à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Recentemente, o governo anunciou a isenção da alíquota de importação de diversos produtos, como carne, café, açúcar e milho, como parte de um conjunto de ações para tentar reduzir os preços alimentares. Nos próximos dias, a divulgação de resultados corporativos no Brasil será retomada, com balanços de várias empresas programados.

Entre os destaques do dia, a VALE ON apresentou uma queda de 1,62%, acompanhando a tendência do minério de ferro na China, influenciada pelas tarifas dos EUA e a promessa de redução na produção de aço bruto na China. A PETROBRAS PN registrou uma leve queda de 0,03%, influenciada pela baixa do petróleo no mercado internacional. O BRADESCO PN também obteve resultados negativos, recuando 1,45%, enquanto o ITAÚ ON apresentou uma leve alta de 0,89%.

Outras ações que se destacaram incluem a MAGAZINE LUIZA ON, que subiu quase 5%, e a JBS ON, que valorizou 2,67%, impulsionada por notícias sobre potenciais aquisições. Por outro lado, AUREN ENERGIA ON caiu 3,6% diante de reavaliações feitas por analistas do JPMorgan, sinalizando uma tendência negativa no setor.

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