O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou no último domingo que o Irã “pagará um preço elevado” pelas mortes de civis israelenses decorrentes dos bombardeios em Tel Aviv. Nas últimas 72 horas, os ataques com mísseis provenientes do Irã resultaram em 13 mortes até a data citada.
Embora o Irã não tenha divulgado um número oficial de vítimas, alega que 78 pessoas faleceram na última sexta-feira e que o total de mortos continua a aumentar.
No domingo, novos mísseis foram disparados em direção a Israel, conforme anunciou um oficial militar israelense, uma informação corroborada pela mídia estatal iraniana. Relatos de testemunhas mencionaram a ativação de sirenes em Tel Aviv, além de explosões audíveis na área. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, alarmes também foram ouvidos em Jerusalém e em outras localidades.
O governo israelense reportou que seis vítimas fatais ocorreram durante a madrugada de domingo na cidade de Bat Yam, além de outras quatro em Tamra, com relatos de mais três mortos entre sexta e sábado nas cidades de Ramat Gan e Rishon Lezion. Netanyahu declarou em sua plataforma oficial que o objetivo é atingir decisivamente o Irã, que supostamente está responsável pela morte intencional de civis, inclusive mulheres e crianças. Ele visitou as áreas afetadas em Bat Yam e enfatizou a importância de seguir as orientações das forças de segurança.
A intensificação do conflito teve início na sexta-feira, quando Israel lançou uma ofensiva de mísseis contra o Irã. Em três dias, ao menos 78 iranianos foram mortos e mais de 300 ficaram feridos, conforme dados do embaixador iraniano na ONU. Diversos líderes militares iranianos, incluindo o comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, foram eliminados nos confrontos.
Com forte apoio ao grupo Hamas, o Irã perdeu importantes chefes militares em operações israelenses recentes. Netanyahu caracterizou o ataque contra o Irã como “preventivo”, com o objetivo de evitar que o país desenvolvesse armas nucleares. O Irã enfrenta sanções internacionais e está em busca de um acordo nuclear com os Estados Unidos, que se afastaram do pacto em 2018 durante a administração do então presidente Donald Trump.