O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou no dia 16 que os cidadãos de Gaza devem ter a possibilidade de deixar o território se assim desejarem. Essa afirmação foi feita durante um evento realizado em Jerusalém. Netanyahu também elogiou o plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza, caracterizando-o como “preciso”.
Durante uma reunião nesse mesmo dia com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que se encontrava em Israel como parte de uma visita ao Oriente Médio, Netanyahu expressou sua gratidão a Rubio pelo “apoio inequívoco” à política de Israel em relação a Gaza. O primeiro-ministro israelense enfatizou que Israel e os Estados Unidos, sob a administração Trump, compartilham uma estratégia comum para a região, que atualmente está sob um frágil acordo de cessar-fogo. Ele reiterou que o presidente Trump e ele estão trabalhando em total cooperação e coordenação.
O plano proposto por Trump para Gaza gerou polêmica no mundo árabe, especialmente ao afirmar que os Estados Unidos assumiriam o controle de Gaza, promoveriam o reassentamento da população palestina, que ultrapassa dois milhões de habitantes, e desenvolveriam a região em uma “Riviera do Oriente Médio”. O presidente americano sugeriu que os palestinos em Gaza pudessem se estabelecer em países como a Jordânia e o Egito, que já possuem uma significativa população palestina. No entanto, tanto a Jordânia quanto o Egito rejeitaram essa proposta. O governo jordano considera que a sugestão de Trump sobre reassentamento se aproxima do temor de uma expulsão em massa dos palestinos de Gaza e da Cisjordânia, com a perspectiva de transformar o país em um lar alternativo para os palestinos, uma ideia frequentemente defendida por ultranacionalistas israelenses.