Neymar sofreu mais uma lesão durante a partida entre Santos e Atlético-MG, que ocorreu na quarta-feira, 16 de agosto, válida pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Este é mais um episódio em uma longa sequência de lesões ao longo de sua carreira. Desde 2014, o jogador não teve uma temporada em que não perdesse jogos devido a problemas físicos. Ao todo, Neymar passou 1.445 dias afastado dos campos, o que corresponde a quase quatro anos em períodos de recuperação. Durante esse tempo, ele não participou de 249 jogos. O intervalo mais longo de inatividade ocorreu em 2024, quando atuava pelo Al-Hilal, tendo ficado 369 dias fora devido a uma ruptura do ligamento cruzado (LCA). Além disso, enquanto estava no PSG, Neymar teve períodos de aproximadamente 100 dias afastado por fraturas no metatarso e também para uma cirurgia no tornozelo. Desde seu retorno ao Santos, o atleta já enfrenta sua segunda lesão.
O técnico interino César Sampaio, que assumiu a equipe após a demissão de Pedro Caixinha, comentou sobre a lesão de Neymar, informando que ocorreu na mesma coxa que já havia apresentado problemas recentemente. O jogador estava fora devido a uma lesão muscular na coxa esquerda desde a semifinal do Campeonato Paulista, realizada em 9 de março de 2025. Novos exames estão programados para quinta-feira, 17 de agosto. Sampaio lamentou a gravidade da situação: “Infelizmente, é o mesmo problema na coxa. Ainda é muito cedo para um diagnóstico definitivo, que será feito amanhã. Sua ausência representa uma perda considerável”, informou ele.
Sobre as opções para substituir Neymar, Sampaio ressaltou que a equipe precisa encontrar soluções para manter a qualidade em campo durante a ausência do jogador. “Estamos considerando várias alternativas para que não fiquemos em desvantagem e para que possamos explorar a criação de jogadas. A qualidade na criação de oportunidades diminui bastante sem Neymar”, destacou o treinador. Ele apontou que, apesar da presença de jogadores como Rollheiser, que possui características semelhantes a Neymar, o time se tornou excessivamente dependente de jogadas individuais.
Na análise do desempenho do Santos no segundo tempo da partida, Sampaio afirmou que a abordagem tática adotada visava se defender diante da pressão do Atlético. Ele observou que a equipe conseguiu se manter competitiva durante a primeira parte, mas reconheceu a necessidade de ajustes para lidar com times que apresentam mais tempo de entrosamento e classe técnica. “Este campeonato é bastante equilibrado, e cada jogo exige um respeito mútuo entre as equipes. O nosso histórico mostra que um único gol pode ter grande impacto. Por isso, optamos por uma estratégia mais conservadora, mesmo que essa não seja minha preferência habitual”, concluiu.