A Casa Higienópolis foi o cenário do desfile de Patrícia Viera, realizado na tarde de sexta-feira, 11, durante o São Paulo Fashion Week. O evento contou com a presença de figuras proeminentes da sociedade paulistana, incluindo Costanza Pascolato. A apresentação foi notável não apenas pelo uso característico do couro, mas também pelo excepcional trabalho manual nas peças, que destacaram cortes precisos e caimentos impecáveis. As roupas integraram materiais delicados a técnicas de superfície inovadoras, como aplicações de foil e cera, resultando em novas texturas e composições. A transformação do couro em peças de luxo foi uma demonstração clara do domínio de técnicas artesanais.
A estilista revelou que a coleção foi criada em apenas dez dias, possibilitada pela infraestrutura de sua fábrica e equipe. Segundo ela, as inspirações vieram do Art Déco, do glamour dos anos 1950 e da estética de Las Vegas dos anos 30, refletindo uma visão atemporal voltada para o público feminino. Os vestidos chamaram a atenção do público, e logo após o desfile, muitas clientes se mostraram interessadas em experimentar as peças, que eram ajustadas e com cintura marcada.
As referências ao Art Déco se tornaram evidentes em linhas geométricas elegantes, como losangos cortados a laser, parte do programa Zero Waste, que busca utilizar o couro de maneira integral. Sobras de cortes também foram incorporadas nas peças, formando mosaicos criativos. A paleta de cores da coleção foi diversificada, incluindo tons de marinho, bordô e acabamentos metalizados.
Um destaque especial do desfile foi o impressionante vestido de noiva confeccionado em couro, que finalizou a apresentação, além das rendas Richelieu, fruto da colaboração com o artista cearense Jardel Moura. A estilista enfatizou a importância de integrar arte e moda, afirmando que a criatividade pode resultar em trabalhos excepcionais quando se busca inspiração no que se tem ao redor.
