Em uma medida voltada para a descarbonização, foi assinado, na quarta-feira, 26, um Memorando de Entendimento entre o ministro dos Portos e Aeroportos e o embaixador da Noruega, com o objetivo de desenvolver um “corredor logístico marítimo sustentável”. Este projeto tem como intenção a utilização de embarcações equipadas com tecnologias inovadoras e combustíveis de baixo ou zero carbono, contribuindo assim para o cumprimento das metas climáticas internacionais.
O ministro destacou que a proposta representa um marco significativo para o setor logístico, com implicações globais. O projeto promete proporcionar benefícios não apenas para os dois países envolvidos, mas para o mundo como um todo. O foco está na promoção de um modal marítimo mais sustentável e ecologicamente responsável.
O embaixador da Noruega ressaltou a importância histórica da ligação marítima entre os dois países e a oportunidade estratégica que esta colaboração representa para demonstrar a viabilidade de um transporte marítimo mais sustentável. A Noruega reafirma seu compromisso com a transição energética, reconhecendo que esse projeto pode evidenciar o potencial de uma navegação que respeite o meio ambiente.
O conteúdo do Memorando cita entre suas principais metas o desenvolvimento de rotas eficientes, a implementação de portos sustentáveis e o uso de combustíveis de emissão zero, marcando o início de uma nova era para o transporte marítimo. Além disso, este projeto está alinhado com uma iniciativa global de descarbonização do setor, que começou com a “Declaração de Clydebank” durante a COP26, em Glasgow, em 2021. Esta declaração incentivou a criação de corredores verdes para a navegação e a transição para fontes de energia mais limpas.
A parceria entre Brasil e Noruega será um dos tópicos centrais na próxima cúpula climática das Nações Unidas, a COP30, que ocorrerá em Belém, em novembro. Durante essa reunião, ambos os países devem apresentar os primeiros avanços na criação dos corredores marítimos, com o intuito de atender aos compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris, que inclui a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, uma meta que, segundo especialistas, começará a se mostrar inviável sem intervenções significativas.