Dominique Pelicot, de 72 anos, foi condenado a 20 anos de prisão após ser acusado de dopar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e facilitar o abuso sexual dela por dezenas de homens entre 2011 e 2020. Investigações recentes sugerem que ele pode ter cometido abusos sexuais contra outras vítimas antes de Gisèle. De acordo com informações divulgadas, Pelicot é alvo de investigações em dois casos distintos: um relativo ao estupro de uma jovem de 19 anos em 1999 e outro que envolve o estupro e o assassinato de uma mulher de 23 anos em 1991.
Apesar de negar qualquer ligação com o segundo caso, Pelicot enfrenta acusações em ambos, os quais foram agrupados devido a semelhanças nos crimes, incluindo o perfil das vítimas, que eram jovens corretoras de imóveis na região de Paris. As vítimas eram dopadas com éter, amarradas e agredidas com lâminas. A defesa de Gisèle Pelicot expressa preocupações, mencionando que ela teme ser apenas a “ponta do iceberg” em relação aos crimes cometidos por seu ex-marido. Ela se tornou um ícone na luta contra o silenciamento de mulheres ao renunciar seu direito ao anonimato e escolher assistir ao julgamento ao lado dos acusados. Além de Dominique Pelicot, mais 50 pessoas foram condenadas no mesmo processo por seu envolvimento nos crimes.