Pré-mercado
A segunda-feira, 24 de março, se inicia com os investidores demonstrando interesse pelas recentes movimentações do governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, em relação às tarifas. Em um dia que apresenta poucos indicadores relevantes, tanto no Brasil quanto no exterior, a atenção dos investidores está voltada para as decisões da Casa Branca, que têm o potencial de afetar os mercados globalmente.
Hoje, no Brasil, está programada a divulgação do Relatório Focus, que poderá trazer novas atualizações nas projeções de inflação para 2025. Na última edição, observou-se uma leve redução nas estimativas, gerando questionamentos sobre a possibilidade de ser um caso isolado ou uma indicação de uma nova tendência.
Nos Estados Unidos, os dados a serem divulgados incluem os índices de gerentes de compras (Purchasing Manager Index – PMI) tanto do setor industrial quanto de serviços, relativos ao mês de março. As expectativas indicam uma desaceleração significativa na indústria, com uma leve melhora nos serviços. Informações que sugerem um aquecimento econômico podem fortalecer as expectativas de que o Federal Reserve (FED) manterá as taxas de juros elevadas por um período mais prolongado.
Na terça-feira, dia 25, o Banco Central do Brasil deverá publicar a Ata da 269ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu nos dias 18 e 19 de março. Durante essa reunião, o Comitê decidiu manter a postura em relação a taxas de juros e elevou a Selic em um ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano, o nível mais alto desde outubro de 2016. Contudo, o comunicado pós-reunião reconheceu que a política monetária já está começando a impactar a atividade econômica. A projeção de inflação para o terceiro trimestre de 2026 foi reduzida para 3,9%, frente aos 4,0% anteriormente considerados.
No comunicado, o Comitê incluiu uma informação sugestiva no parágrafo prospectivo, sinalizando que a próxima elevação da Selic pode ser de menor magnitude. O trecho que menciona o "cenário adverso para a convergência da inflação" agora inclui referências à "elevada incerteza e às defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso". Isso indica que a maior parte do aumento das taxas já foi implementada, sendo necessário aguardar os efeitos nas economia. O mercado está atento à forma como essa questão será abordada na Ata.
Indicadores
- Relatório Focus
- PMI Industrial (Março)
- Esperado: 51,9
- Anterior: 52,7
- PMI Serviços (Março)
- Esperado: 51,2
- Anterior: 51,0