13 junho 2025
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Novo dinossauro encontrado na Mongólia revoluciona a paleontologia!

Cientistas identificaram um novo dinossauro carnívoro na Mongólia, que pode influenciar a compreensão da evolução do Tyrannosaurus rex. Nomeado como Khankhuuluu mongoliensis, este dinossauro viveu há aproximadamente 85 milhões de anos, durante o período Cretáceo, e pertence a um grupo conhecido como tiranossauroides, que são parentes mais antigos, geralmente menores que o famoso T. rex. O fóssil, recentemente analisado e descrito em uma publicação científica, foi originalmente descoberto nos anos 1970. A análise dos ossos revelou que o Khankhuuluu era um animal de porte médio, com cerca de dois metros de altura, um focinho estreito, corpo esguio e pernas longas, características que lembram as dos juvenis de espécies maiores, embora pertencessem a um adulto.

Este fóssil é significativo porque representa uma fase intermediária entre os pequenos tiranossauros iniciais e os gigantes do final do Cretáceo, como o T. rex. Até o momento, essa parte da árvore evolutiva estava mal documentada devido à escassez de fósseis. O Khankhuuluu preenche essa lacuna e sugere que muitos traços considerados “infantis” nos tiranossauros gigantes, tais como o crânio achatado e dentes finos, eram características de espécies adultas que existiram anteriormente. Essa descoberta implica que o gigantismo e a robustez dos grandes predadores emergiram de mudanças graduais ao longo do tempo, um processo conhecido como peramorfose, que envolve o alongamento do crescimento e a acentuação de certas características.

A descoberta indica que os grandes tiranossauros da América do Norte, incluindo o T. rex, provavelmente se originaram a partir de dinossauros menores da Ásia, como o Khankhuuluu, que migraram para a América do Norte há cerca de 86 milhões de anos. Esses dinossauros evoluíram rapidamente no novo ambiente, fator que levou ao aumento de tamanho e ao desenvolvimento de características como crânios largos, dentes robustos e corpos musculosos. Esse crescimento acelerado resultou em predadores que podiam atingir mais de 8 toneladas. Entretanto, evidências mostram que nem todos os tiranossauros seguiram esse mesmo caminho de evolução. Um outro grupo, os Alioramini, permaneceu na Ásia e evoluiu de maneira distinta, mantendo traços juvenis em seus adultos, como corpos mais leves e focinhos estreitos, um fenômeno conhecido como pedomorfose.

Essas duas linhagens — uma robusta, como a do T. rex, e outra esguia, representada pelos Alioramini — coexistiram no final do Cretáceo, especialmente na Ásia. Devido às suas diferenças de tamanho e formato corporal, é provável que tenham ocupado nichos ecológicos distintos e, assim, não competissem diretamente entre si. Os Alioramini, por exemplo, poderiam ter se especializando na caça de presas menores e mais ágeis, enquanto os Tyrannosaurini eram os principais predadores de topo. Na América do Norte, onde os Alioramini não chegaram, os filhotes de T. rex provavelmente desempenhavam um papel como predadores intermediários nos ecossistemas, proporcionando um melhor entendimento das cadeias alimentares pré-históricas.

A origem desses dinossauros é mais complexa do que se acreditava anteriormente. Pesquisas anteriores posiconavam os Alioramini como formas primitivas de tiranossauros. O novo fóssil demonstra que essa visão estava incorreta, revelando que os Alioramini são, na verdade, descendentes mais recentes e especializados, que seguiram sua própria trajetória evolutiva. Esta reclassificação transforma a compreensão da árvore genealógica desses animais, destacando como os diferentes caminhos de crescimento—alguns acelerando e outros retardando o desenvolvimento—moldaram a diversidade dos maiores carnívoros que habitaram a Terra.

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