O governo do estado de São Paulo implementou, no edital de concessão do Circuito das Águas e da Rota Mogiana, a exigência da construção de passagens destinadas à travessia de animais silvestres nas novas rodovias, que serão administradas pela iniciativa privada. Este projeto requer um investimento estimado em R$ 15,9 bilhões. O objetivo é minimizar o número de atropelamentos de animais silvestres e preservar a biodiversidade local, onde podem ser encontradas espécies como a onça-pintada, gato-do-mato, tucanos e quatis.
Conforme informações fornecidas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), constatou-se que mais de 36 mil animais silvestres foram vítimas de atropelamentos em rodovias concessionadas no estado entre 2019 e 2023. Nos novos projetos rodoviários do Circuito das Águas e Rota Mogiana, as concessionárias que forem selecionadas terão a responsabilidade de realizar levantamentos anuais com a finalidade de identificar e tratar os pontos críticos onde ocorrem os atropelamentos da fauna.
Esses levantamentos devem permitir que as concessionárias reconheçam áreas com alta incidência de atropelamentos, onde serão necessárias intervenções como a instalação de passarelas, túneis e cercas de proteção. Após a realização desses estudos, os resultados serão encaminhados para análise da Artesp e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
Além disso, o governo estadual reitera seu compromisso com a proteção da vida silvestre e a melhoria da segurança nas rodovias por meio das concessões do Programa de Parcerias de Investimento de São Paulo (PPI-SP). Espera-se que essas iniciativas não apenas reduzam os riscos para os animais, mas também criem um ambiente mais seguro para motoristas, promovendo um tráfego mais sustentável para todos.
Vale recordar que, em dezembro do ano anterior, essa exigência foi também incorporada a outros editais do governo paulista, incluindo o da Nova Raposo Tavares, bem como nas rodovias da Rota Sorocabana. Na Nova Raposo Tavares, estima-se a instalação de 22 passagens, que serão divididas em 11 aéreas e 11 subterrâneas, enquanto a Rota Sorocabana deverá contar com 28 passagens.
