O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, realizou uma reunião com a vereadora Sandra Santana para discutir o projeto de lei 32/2025, que propõe a inclusão do transporte por teleférico como uma nova modalidade de transporte coletivo na capital. A proposta inicial sugere a implantação do teleférico na região da Brasilândia, situada na zona norte da cidade. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Nunes mencionou a importância do projeto para a comunidade, sem revelar detalhes específicos no momento.
A escolha da Brasilândia para receber o teleférico é justificada por sua topografia acidentada, que implica grandes desafios de acesso e mobilidade, devido a ruas estreitas e íngremes. A vereadora destaca que essa condição dificulta o trânsito e o transporte de passageiros e cargas, evidenciando as dificuldades diárias enfrentadas pelos moradores da área.
O sistema de teleférico proposto deve permitir a capacidade de dez passageiros por cabine, abrangendo uma extensão de 4,6 km e operando a uma velocidade média de 18 km/h. Espera-se que o sistema possa atender até 3.210 passageiros por hora, com intervalos de aproximadamente 15 segundos entre as cabines. A vereadora acredita que o teleférico facilitará a mobilidade urbana, promovendo integração social e econômica com o centro da cidade, além de oferecer novas oportunidades aos moradores e contribuir para a diminuição das desigualdades regionais, interligando-se a pontos estratégicos do transporte público.
Durante a campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2024, o candidato Pablo Marçal havia prometido a construção de um teleférico na cidade, visando melhorar a mobilidade urbana e criar empregos. Marçal argumentou que tal iniciativa poderia reduzir a criminalidade, melhorar a qualidade de vida e combater problemas de trânsito e poluição.
De acordo com o projeto, o sistema de transporte por teleféricos terá estações de embarque e desembarque localizadas em áreas com maior densidade populacional, além de pontos de conexão com os sistemas de transporte público já existentes, como ônibus, metrô e trens. As cabines devem ser projetadas para transportar os passageiros de maneira segura e confortável, assegurando a acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, seguindo as normas vigentes.
Para que o projeto de lei avance na Câmara Municipal, a vereadora Sandra Santana enfatiza que será necessária a consulta à SP Urbanismo, uma empresa pública vinculada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, quanto à adequação urbanística e às diretrizes para a implantação, operação e manutenção do sistema de teleféricos.
