O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou que a próxima ação em relação aos aplicativos de transporte será solicitar o financiamento das despesas médicas de pessoas envolvidas em acidentes. Desde a semana passada, ele tem enfrentado desafios com a operação do serviço de mototáxi da 99 e, mais recentemente, com a entrada da Uber nesse setor. Nesta quarta-feira, Nunes protocolou uma queixa-crime contra as empresas, alegando descumprimento do decreto municipal que proíbe essa atividade na cidade.
“Vamos avançar para uma nova fase, buscando a responsabilização dessas empresas, para que elas arcam com os custos de urgências, emergências, cirurgias, próteses e o tempo que as vítimas precisam ficar internadas, além de ajudar as famílias que perdem suas fontes de renda durante o tratamento. Hoje, quase 300 pessoas estão apenas no centro de reabilitação, sem contar aquelas que perderam a vida”, explicou Nunes.
O prefeito enfatizou também que, ao responsabilizar as empresas, está oferecendo suporte aos trabalhadores que atuam sem vínculo formal. “Não é justo que esses motociclistas desempenhem um trabalho tão vulnerável, sem condições adequadas. Quando ocorre um acidente, não temos como garantir o sustento da família da vítima, e os custos ficam para a Prefeitura, que são extremamente altos. Precisamos estabelecer um sistema no qual essas empresas sejam responsabilizadas”, avaliou Nunes.
Além disso, o prefeito destacou que as empresas que desrespeitam as diretrizes da Prefeitura obtêm lucros significativos em São Paulo e são uma grande parte do orçamento global.
