Após a histórica conquista do Paris Saint-Germain (PSG) na Champions League, confrontos entre torcedores e a polícia foram registrados na cidade de Paris. O ministro do Interior da França, Bruno Retailleu, destacou que os torcedores verdadeiros do PSG estavam eufóricos com a atuação da equipe, mas mencionou que “bárbaros” estavam nas ruas desafiando as autoridades. Retailleu pediu uma reação firme das forças de segurança contra os abusos e reforçou que é inaceitável que as comemorações sejam acompanhadas pelo temor da violência de uma minoria.
Em resposta aos distúrbios, a polícia utilizou gás lacrimogêneo e spray de pimenta nas proximidades da Champs-Élysées. Um porta-voz policial informou que um veículo foi incendiado nas imediações do Parc des Princes, além de várias prisões terem sido efetuadas até o término da partida. O primeiro-ministro François Bayrou fez um apelo por uma celebração pacífica. Para garantir a segurança durante as festividades, cerca de 5.400 policiais foram mobilizados.
No dia 31, o Paris Saint-Germain alcançou seu primeiro título da UEFA Champions League ao derrotar a Inter de Milão por 5 a 0, marcando a maior diferença de gols em uma final da competição. O jogo ocorreu em Munique, na Alemanha, consagrando a equipe francesa com o almejado troféu nesta nova fase do torneio. Com a vitória, o zagueiro Marquinhos se tornou o segundo brasileiro a levantar o troféu como capitão.
A trajetória para a conquista começou cedo, com o primeiro gol aos 11 minutos, marcado pelo lateral Hakimi, que fez uma demonstração de respeito aos torcedores adversários ao não celebrar e levantar os braços. O segundo gol foi anotado pelo jovem Doué aos 20 minutos, que também marcou novamente no início do segundo tempo, e Kvaratskhelia e Mayulu completaram o resultado.
Com esta vitória, o PSG encerrou um jejum de títulos que perdurava desde sua fundação em 1970. Desde a injeção de capital de um fundo vinculado ao Governo do Catar há cerca de 15 anos, o clube tinha como principal objetivo a conquista da Champions League, contratando jogadores renomados como Messi, Neymar, Mbappé e Ibrahimovic. Apesar de ter chegado à final em 2021, quando terminou como vice-campeão, a tão esperada vitória veio com um elenco mais jovem e menos estrelado, tendo Ousmane Dembélé como destaque.
Com o troféu nas mãos, Marquinhos reiterou seu lugar na história ao se tornar o segundo brasileiro a conquistar a Champions League como capitão, feito anteriormente alcançado pelo lateral-esquerdo Marcelo, que venceu o torneio em 2022 com o Real Madrid.