No domingo, 9, ocorreu um incidente polêmico durante o clássico da Liga F, que é o campeonato de futebol feminino da Espanha. A partida, disputada entre o R.C.D. Espanyol e o FC Barcelona, terminou com a vitória do Barcelona por 2 a 0. Durante o jogo, a zagueira Mapi León, do Barça, foi acusada de tocar a jogadora Daniela Caracas, do time adversário, em suas partes íntimas e supostamente questionar se ela “tinha um pênis”. O incidente aconteceu aos 15 minutos do jogo e foi gravado em vídeo, gerando repercussão nas redes sociais.
O clube de Caracas se manifestou oficialmente, condenando a conduta durante a partida e anunciando que ofereceria assistência legal à jogadora, caso ela decidisse tomar alguma medida legal contra o ocorrido. Já a zagueira Mapi León negou as acusações, afirmando que o toque foi parte de uma jogada normal e que sua declaração foi uma reação ao choque durante a disputa, dizendo apenas “Qual é a sua?”, além de criticar o assédio que Caracas enfrentou nas redes sociais após o incidente.
Em uma nota, o RCD Espanyol expressou seu descontentamento e condenação em relação ao que ocorreu, considerando a ação inaceitável. O comunicado enfatizou que o gesto de León violou a privacidade de Caracas e que a jogadora do Espanyol preferiu não reagir na hora para evitar sanções e preservar a equipe. O clube lamentou a reação agressiva que Caracas sofreu nas redes sociais e criticou a mídia por desviar a atenção do ato em si.
O RCD Espanyol destacou sua defesa das jogadoras e reiterou a importância do respeito e do espírito esportivo no futebol. O clube também se comprometeu a oferecer suporte jurídico a Caracas, caso ela optasse por buscar justiça. Além disso, reafirmou seu repúdio a qualquer forma de violência no esporte, pedindo que o futebol seja um espaço de respeito.
Por sua vez, Mapi León se pronunciou sobre a situação, esclarecendo que não teve a intenção de infringir a intimidade de Daniela Caracas e que a situação foi mal interpretada. León afirmou que o toque não foi direcionado às partes íntimas e que sua intenção era apenas reagir durante uma jogada, enfatizando que as acusações foram exageradas. Ela também manifestou apoio a Caracas em face do assédio nas redes sociais e anunciou a possibilidade de tomar medidas legais contra quem tentasse prejudicar sua imagem, insistindo que o ocorrido foi um incidente esportivo e não passava pela sua mente a ideia de violar a privacidade de uma colega.
