O presidente Lula declarou que considera a possibilidade de se candidatar à reeleição em 2026, contanto que sua saúde permaneça adequada. Essa afirmação foi feita durante um encontro com líderes do Congresso Nacional. Essa manifestação indica uma mudança na abordagem comunicacional do governo, especialmente após a nomeação do marqueteiro Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação. Anteriormente, o presidente evitava mencionar sua candidatura, mas agora tem abordado o tema com frequência nas reuniões.
O panorama atual para o governo é desafiador, com índices de popularidade em queda e a inflação impactando negativamente a classe média. Neste contexto, Lula enfrenta uma concorrência crescente de figuras como Bolsonaro, do governador Tarcísio de Freitas e da ex-primeira-dama Michelle, criando um clima de incerteza. Um episódio que exemplifica essa situação foi a recusa do deputado Pedro Lucas, do União Brasil, em aceitar a proposta de assumir o Ministério das Comunicações, uma atitude pouco comum na política de Brasília, onde a maioria dos deputados tende a almejar cargos.
Embora Pedro Lucas tenha negado publicamente sua recusa, a decisão reflete uma percepção negativa em relação ao governo, que enfrenta baixos índices de aprovação. Ele optou por permanecer no parlamento, considerando que seu partido, que integra a base governista, já possui um pré-candidato à presidência. Esse cenário serve como um indicador de que o governo atravessa um período complicado. Embora Lula busque a reeleição, as condições serão bastante distintas das enfrentadas em 2006, quando ele obteve uma alta aprovação popular.