A morte trágica de uma menina de 8 anos no Distrito Federal, que supostamente participou de um “desafio do desodorante” no TikTok, gerou grande consternação em todo o país e reabriu o debate acerca da segurança de crianças e adolescentes nas redes sociais. O pai da criança, em um depoimento à imprensa, expressou sua profunda dor e pediu que a morte de sua filha não fosse ignorada.
No seu relato, o pai compartilhou que a menina sonhava em ser médica. Ele destacou que ela não desejava riqueza, mas sim a chance de estudar e salvar vidas. Ele clamou por justiça e a responsabilização de aqueles que promovem desafios perigosos nas redes sociais, insistindo que sua filha não deveria passar impune e que a inação de outros poderia resultar em mais tragédias.
A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar as circunstâncias da morte da menina e está trabalhando para identificar os responsáveis pela criação e disseminação do desafio nas redes sociais. O celular da criança foi apreendido para verificar sua participação no desafio, e a polícia está programando uma notificação ao TikTok para coletar mais informações relevantes.
Durante seu depoimento, o pai expressou sua esperança de que a tragédia possa servir como um aviso para outras famílias, enfatizando que, se sua mensagem tocar o coração de outras pessoas, isso poderá ajudar a prevenir futuras fatalidades, transformando a dor em um mecanismo de proteção.
A menina, identificada como Sarah Raíssa, faleceu no dia 13 de abril, mas havia sido internada no Hospital Regional de Ceilândia em 10 de abril, após ter apresentado uma parada cardiorrespiratória, supostamente devido à inalação de desodorante aerosol. Apesar de ter passado por reanimação, foi constatada a morte cerebral.
O avô materno de Sarah foi quem a encontrou caída ao lado do sofá, próximo a um frasco de desodorante, o que levantou suspeitas sobre a inalação. A confirmação definitiva dependerá do laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Com a investigação em curso, a polícia também coletou o celular da menina para verificar sua exposição ao desafio no TikTok. Além disso, há a intenção de notificar a plataforma para investigar a origem do conteúdo perigoso.
O caso de Sarah Raíssa reacendeu o debate sobre a necessidade de regulamentação das redes sociais. A primeira-dama do país expressou a urgência na análise de um projeto de lei que pretende responsabilizar as plataformas digitais por conteúdos que possam resultar em danos.