As Forças Armadas brasileiras prestarão apoio logístico para uma grande operação de vacinação, que pretende imunizar 6 mil indígenas em 62 aldeias do Amazonas.
Recentemente, a presidente do Superior Tribunal Militar (STM) ouviu líderes indígenas que expressaram descontentamento em relação ao tratamento recebido pelos militares nas comunidades. Apesar de reconhecer a importância das atividades militares, as lideranças destacaram a falta de respeito às tradições e culturas dos povos nativos. Além disso, mencionaram a carência de representatividade indígena nas Forças Armadas, onde o acesso a funções superiores é limitado, permitindo somente a entrada em cargos básicos. Os filhos dessas lideranças aspiram a se tornar oficiais e suboficiais, e não apenas soldades recrutas.
A presidente do STM sugeriu que mudanças na mentalidade e no comportamento dos militares podem ser alcançadas. Para isso, defendeu a implementação de programas de letramento antidiscriminatório nas instituições de formação das Forças Armadas, escolas militares e iniciativas educativas e sociais que o Exército mantém em reservas indígenas. Essa proposta será apresentada no Observatório Pró-Equidade da Justiça Militar, que realizará um evento nesta terça-feira.