O primeiro ministro do governo Lula denunciado por corrupção, Juscelino Filho, não está ligado aos escândalos anteriores, como o mensalão e o petrolão, mas sua situação desperta preocupações que a oposição pode explorar nas eleições de 2026, assim como ocorreu com êxito em 2018. Essa análise política foi amplamente debatida hoje em Brasília e culminou no pedido de demissão feito por Juscelino ao presidente, após discussões com o Palácio do Planalto.
O ministro foi alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob suspeita de desvio de emendas parlamentares destinadas a obras no Maranhão. Essa circunstância indicava que sua saída do governo era um desfecho esperado, especialmente em meio à vulnerabilidade política do atual presidente.
Na capital federal, é amplamente reconhecido que a inflação de alimentos deve ser enfrentada com urgência, assim como a estratégia de comunicação do governo, que necessita ser ajustada para alinhar-se aos objetivos do Partido dos Trabalhadores nas próximas eleições. Um movimento inicial foi realizado recentemente em um evento que celebrou os avanços do governo, mas há a necessidade de ações adicionais, como a criação de uma marca social representativa para este terceiro mandato de Lula.
A situação é preocupante. A presença de um ministro das Comunicações denunciado por corrupção pode representar um grande revés para o governo, conforme analisou um membro da gestão. Lula, que passou de uma postura punitivista a uma garantista após sua prisão de mais de 500 dias, já havia afirmado que, se evidências contra Juscelino fossem confirmadas, sua saída do governo se tornaria inevitável.
Embora a denúncia pela PGR ainda não constitua uma condenação, as condições políticas atuais levaram a uma rápida deterioração da posição de Juscelino Filho. A proximidade das eleições de 2026 acentuou a urgência da situação, tornando o ambiente político ainda mais suscetível a reavaliações diante de escândalos de corrupção.