segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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O MINISTÉRIO ENFRENTA VAZIO DE LIDERANÇA, AFIRMA EX-ASSESSOR!

Desde sua saída do governo federal em junho do ano passado, o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, tem feito poucas aparições públicas. Ele expressou descontentamento com o ministro Carlos Fávaro pela forma como sua exoneração foi conduzida, optando por se afastar da vida pública, mas recentemente voltou a se manifestar.

Geller criticou severamente a gestão de Fávaro, afirmando que o ministério opera sem direção. Ele destacou a ausência de participação em políticas de seguro agrícola e a falha na implementação da política de garantia de preço mínimo, qualificando a situação como vergonhosa. O ex-secretário apontou que o preço mínimo do milho caiu de 43 reais para 35 reais, o que, segundo ele, desincentiva a produção agrícola. Geller argumentou que a diminuição da produção leva a uma queda na oferta, o que, em última análise, provoca um aumento nos preços.

Durante uma reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou Fávaro sobre os elevados preços dos alimentos, que impactaram a popularidade do governo. Além disso, o cargo de ministro é alvo de interesse por parte de políticos do Centrão, e há especulações de que possa ser incluído em uma reforma ministerial em planejamento. Um dos nomes cogitados para a posição é o deputado Arthur Lira, que encerra sua presidência na Câmara.

Quando indagado sobre um possível retorno ao governo Lula, Geller rejeitou a hipótese, mesmo que Lira seja nomeado ministro. Ele manifestou o desejo de voltar ao Congresso Nacional, mencionando a possibilidade de se candidatar a uma eleição futura para contribuir na esfera legislativa. Geller já ocupou cargos como deputado federal.

Além de sua trajetória como parlamentar, Geller foi ministro da Agricultura durante a gestão de Dilma Rousseff e foi um dos poucos políticos do agronegócio a apoiar Lula nas eleições de 2022, em um cenário onde a maior parte do setor prefere o ex-presidente Jair Bolsonaro. Seis meses após assumir a secretaria, Geller se envolveu em uma controvérsia relacionada a um leilão para a importação de 263 mil toneladas de arroz, em que um ex-assessor seu estava entre os interessados. Esse episódio gerou suspeitas de favorecimento, resultando em sua demissão. Na ocazião, Fávaro declarou que Geller havia pedido para sair, enquanto o ex-secretário afirma que foi demitido.

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