30 maio 2025
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O Poder da Música: Impactos no Cérebro Humano

Em dois estudos distintos, pesquisadores investigaram o impacto da música no cérebro humano. Um dos estudos focou na sincronização dos neurônios com ritmos musicais, enquanto o outro examinou como as músicas preferidas provocam uma resposta química associada ao prazer.

No primeiro estudo, cientistas na Finlândia analisaram as reações cerebrais de quinze voluntários ao ouvirem suas músicas favoritas, utilizando a tomografia por emissão de pósitrons (PET) para observar a liberação de opioides. Esses neurotransmissores não apenas têm um papel no alívio da dor, mas também são conhecidos por influenciar o humor e possuem potencial viciante. Além de serem encontrados em drogas, os opioides são produzidos naturalmente pelo cérebro e podem ser liberados em resposta a estímulos internos.

Os resultados sugerem que a audição de músicas favoritas pode ativar o sistema opioide, explicando a intensa sensação de prazer que algumas canções provocam. Vesa Putkinen, um dos pesquisadores, destacou que as descobertas evidenciam diretamente que ouvir música ativa essa via neural, diferentemente de recompensas primárias, como a comida ou o prazer sexual. Além disso, a conexão entre a música e a redução da dor pode ser explicada pela atuação dos opioides.

O segundo estudo revisitou uma variedade de pesquisas anteriores sobre a neurociência da música, destacando a possibilidade de que o ritmo natural do cérebro esteja alinhado com o ritmo da música. As ondas cerebrais, resultantes da atividade dos neurônios, exibem padrões que podem se sincronizar com a música. A equipe de pesquisa apresentou evidências que sustentam essa teoria, trazendo à tona a ideia de que a música impacta não só por ser ouvida, mas também porque envolve o cérebro e o corpo.

Caroline Palmer, uma das pesquisadoras, afirmou que isso poderia ter importantes implicações na terapia, educação e tecnologia. A interação da música com os sistemas de ritmo e recompensa do cérebro sugere um potencial significativo para a musicoterapia. Embora já existam evidências do impacto da musicoterapia em condições como Parkinson e Alzheimer, essas novas descobertas abrem a possibilidade de ampliar ainda mais suas aplicações terapêuticas.

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