Os senadores Randolfe Rodrigues e Rogério Marinho debateram, nesta sexta-feira (31), em um programa de discussões sobre qual deve ser a atitude a ser adotada por Davi Alcolumbre, que é o favorito para reassumir a presidência do Senado. A eleição para o comando da Casa Legislativa ocorrerá no próximo sábado (1º). Alcolumbre, que já ocupou a presidência do Senado entre 2019 e 2021, conta com o apoio da maioria dos partidos.
Marinho, representando a oposição no Senado, expressou a expectativa de que o próximo presidente atue com a “postura de um magistrado”, assegurando que as diferentes bancadas possam realizar suas atividades de forma autônoma. “O que esperamos dele é a postura de um magistrado. Na presidência de uma casa de pares, é fundamental que cada bancada tenha a chance de operar de forma totalmente livre, respeitando o regimento e a própria dinâmica política”, afirmou Marinho. Com base em sua experiência anterior na liderança do Congresso, ele acredita que Alcolumbre poderá demonstrar uma maior maturidade em uma nova gestão. “Acredito que o senador Alcolumbre está mais amadurecido, especialmente porque foi presidente do Congresso Nacional recentemente”, completou.
Randolfe também defendeu que, em seu segundo mandato, Alcolumbre deve ter um “comportamento de magistrado”. Para ele, isso implica em garantir o espaço de todos os parlamentares e representantes nas comissões da Casa. “Primeiramente, deve ter a postura de magistrado, assegurando o espaço para todos, com assento nas comissões. Eu defendia isso na oposição e continuo sustentando agora que estamos no governo”, comentou o representante da administração de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso. Ele acrescentou que é necessário que o Legislativo respeite a agenda do Executivo, visto que o Brasil adota um sistema presidencialista. “E é preciso respeitar o poder de agenda, que é deliberado e indicado por quem exerce o Poder Executivo em nosso sistema”, citou.
Marinho destacou que, caso Alcolumbre seja eleito, um de seus principais desafios será respeitar o que ele chama de “princípio da proporcionalidade”. “Precisamos, acima de tudo, honrar esse princípio, garantindo a ocupação dos espaços conforme a magnitude, importância e relevância das nossas bancadas”, afirmou Marinho, que possui 14 senadores em seu partido. Randolfe, por outro lado, acredita que Alcolumbre será eleito com uma “alta votação” e que ele tem um papel significativo na construção das relações com o governo federal. “O senador estava presente nas conversas sobre a formação do governo desde o início. Agradecemos sua colaboração para a aprovação da proposta de emenda constitucional da Transição e, ao longo desses dois anos, em momentos cruciais para aprovar as reformas no Congresso Nacional”, concluiu.