Integrantes da alta cúpula da Polícia Militar do Estado de São Paulo têm expressado críticas nos bastidores em relação ao projeto aprovado pela câmara municipal que, com o apoio do prefeito Ricardo Nunes, visa transformar a Guarda Civil Metropolitana em uma “Polícia Municipal”. De acordo com informações obtidas, as objeções estão centradas na possibilidade de conflito de competências entre a nova instituição policial e a PM estadual.
Relatos indicam que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que fundamenta as mudanças na Guarda Civil Metropolitana, não contempla a alteração de nome da guarda. Sob essa perspectiva, segundo a visão de oficiais superiores da Polícia Militar, não haveria justificativa técnica para essa mudança de nomenclatura.
Em discussões com representantes da cúpula da PM, foi destacado que o STF deixou claro que nenhuma instituição é autorizada a ultrapassar os limites de atuação da outra, sendo a alteração do nome um indicativo de uma modificação mais profunda. Além disso, uma preocupação levantada refere-se à possibilidade de a nova estrutura criar “zonas cinzentas” em decorrência de eventuais sobreposições de funções. A operação de duas polícias ostensivas em uma mesma área levanta a apreensão de que possam ocorrer “vácuos” nas rondas, devido à falta de integração entre as forças, o que potencialmente favoreceria a criminalidade.