Os corpos e as mentes das crianças em Gaza estão enfrentando sérias consequências devido a dois meses de bloqueio de ajuda humanitária e novos ataques, conforme declarado pelo diretor executivo do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2 de março, Israel tem impedido a entrada de suprimentos médicos, combustíveis e alimentos na região.
A situação crítica levanta preocupações sérias sobre o impacto na saúde das crianças e dos jovens. Michael Ryan, diretor do programa, expressou sua indignação, afirmando que essa situação configura uma grave violação dos direitos das crianças. Ele mencionou que a escassez de alimentos tem efeitos devastadores, levando à desnutrição severa.
Israel justifica o bloqueio como uma medida para pressionar o Hamas a liberar reféns, em meio à estagnação de um acordo de cessar-fogo. Ryan destacou que o nível atual de desnutrição é alarmante, resultando em um colapso do sistema imunológico, o que pode aumentar os casos de doenças como pneumonia e meningite, especialmente entre mulheres e crianças.
Embora Israel tenha negado que Gaza esteja passando por uma crise de fome, não ficou claro quando e como a ajuda será restabelecida. As Forças Armadas israelenses acusam o Hamas de desviar a assistência, algo que o grupo nega. Recentemente, as Nações Unidas alertaram sobre o agravamento da desnutrição aguda entre as crianças em Gaza.