Uma operação da Polícia Federal resultou na detenção de duas pessoas ligadas a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), focando em descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A Justiça também determinou o sequestro de cinco imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 12 milhões. Denominada “Sem Desconto”, a operação visa recuperar bens e investigar fraudes que acumularam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
As ações da operação foram realizadas em várias cidades de Sergipe, incluindo Aracaju, Cristinápolis e Umbaúba. Iniciada em abril, a operação contou com a cooperação da Controladoria-Geral da União (CGU) e abrangeu mandados de prisão preventiva, além de busca e apreensão de documentos e bens. O escândalo resultou na demissão de altos funcionários, que incluem o ex-ministro da Previdência Social e o ex-presidente do INSS.
Informações da Polícia Federal indicam que o INSS falhou em implementar as devidas precauções, desconsiderando alertas sobre possíveis fraudes. Além disso, ex-diretores e associados do órgão foram identificados como beneficiários de transferências superiores a R$ 17 milhões. Um dos integrantes do INSS foi, por sua vez, favorecido com a aquisição de um veículo de luxo, o que intensifica as suspeitas sobre a gravidade das irregularidades.
