19 abril 2025
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Operação da PF mira políticos em RJ e MG: mandados em ação contra corrupção

A Polícia Federal iniciou, na manhã de quarta-feira, 16, uma operação visando desmantelar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em cinco cidades nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Durante essa ação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 3,5 bilhões de reais em contas e da suspensão das atividades de oito empresas. A operação investiga uma organização criminosa que, supostamente, foi contratada por políticos para realizar encenações nas ruas durante o período eleitoral, com o objetivo de difamar candidatos adversários. O pagamento por esses serviços seria feito informalmente, por meio de contratos com a administração pública, caso os candidatos obtivessem êxito nas urnas.

A Operação Teatro Invisível II, que é a segunda fase de uma ação anterior com o mesmo nome, está focada em endereços nas cidades de Cabo Frio (RJ), Itaguaí (RJ), Mangaratiba (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG). A organização criminosa sob investigação é acusada de obstrução de justiça, prática de caixa dois, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Entre os políticos investigados, destacam-se o prefeito Dr. Serginho (PL), o ex-prefeito Rubem Vieira, conhecido como Rubão, além do deputado estadual Valdecy da Saúde (PL) e de Aarão (PP) — todos candidatos ao cargo de Executivo no último pleito em cidades do Rio de Janeiro, sendo que apenas Serginho conseguiu se eleger.

As investigações revelaram indícios da utilização de recursos não declarados à Justiça Eleitoral para favorecer candidatos nas eleições de 2024. Alguns dos investigados são proprietários de empresas ligadas a fraudes em licitações nos municípios de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e na cidade de São João de Meriti, localizada na Baixada Fluminense.

Além disso, a Polícia Federal apontou que o grupo criminoso teria destruído evidências, especialmente aquelas armazenadas em meios digitais, com o intuito de evitar a responsabilização penal de seus membros. A operação desta quarta-feira é resultado da análise do material apreendido na primeira fase da operação, realizada em setembro do ano anterior.

Novas evidências também corroboram as acusações de lavagem de dinheiro, com sinais de transações ilegais por meio de contas de passagem, utilização de valores em espécie, movimentação financeira intensa em empresas e a aquisição de bens de elevado valor.

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