Na manhã de terça-feira, dia 11, a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Red Dots, com a finalidade de investigar indivíduos suspeitos de oferecer auxílio a fugitivos da Penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As investigações indicaram a existência de uma série de delitos, incluindo formação de organização criminosa armada, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio.
A operação contou com a participação de mais de 200 agentes, que estão cumprindo 14 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 31 ordens de busca e apreensão. O trabalho se desenvolveu em colaboração com a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, abrangendo alvos em diversas cidades, como Natal, Mossoró, Baraúna, Assu, e Pedro Avelino, além de Aquiraz, no Ceará, e até mesmo no Rio de Janeiro.
Além das prisões, a PF tomou medidas para bloquear os bens dos suspeitos, estimando que até R$ 22,5 milhões tenham sido congelados. Esta ação tem como objetivo desarticular a estrutura financeira dos envolvidos, dificultando assim suas atividades criminosas.
A fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, em 13 de fevereiro de 2024, foi um dos fatores que motivaram a operação. Ambos foram recapturados em Marabá, no Pará, 50 dias após a fuga. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao final das investigações, determinou que não ocorreu corrupção por parte dos servidores, mas reconheceu falhas nos protocolos de segurança, o que levou à responsabilização de dez funcionários.