Na manhã de segunda-feira, dia 10, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) iniciou a operação denominada “Last Bid”, visando combater um grupo localizado em São Paulo que se especializava na aplicação do golpe de leilão de veículos. As vítimas desse golpe são residentes de Santa Catarina.
Agentes de fiscalização estão cumprindo 15 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo São Paulo, Guarujá, São Vicente, Praia Grande e Mogi das Cruzes. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens, ativos financeiros e criptoativos dos suspeitos, até um total de R$ 299 mil, valor que corresponde ao montante de prejuízos causados às vítimas.
A Polícia Civil de São Paulo está colaborando com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) nessa operação. A investigação foi conduzida pelo Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) e começou em 2023, após um registro de reclamação na sede do Ministério Público em Caçador, SC. A vítima que fez a representação denunciou a prática de estelionato por meio de plataformas virtuais de leilão de veículos que apresentavam preços inferiores ao valor de mercado.
Durante as investigações, o CyberGaeco identificou que os criminosos criavam sites falsos, que eram bastante semelhantes aos sites oficiais de leilões de veículos. Além disso, utilizavam ferramentas digitais, como anúncios patrocinados e informações de órgãos oficiais, para enganar os compradores e conferir legitimidade aos negócios.
Após um “arremate” e a entrega de documentos que pareciam verídicos, as vítimas perdiam o contato com os supostos “administradores” do site, descobrindo que o carro não pertencia a eles, mas a uma terceira pessoa alheia à transação. Ademais, se a vítima hesitasse em realizar o pagamento imediatamente, os criminosos adotavam táticas de coação e ameaças, alegando que as vítimas poderiam ser presas e processadas criminalmente por não honraram o arremate realizado em um site oficial.
Somente em Santa Catarina, foram identificadas seis vítimas, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 300 mil, havendo indícios de que muitas outras pessoas em todo o Brasil também possam ter sido enganadas por esse esquema.
