domingo, fevereiro 2, 2025
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Operação policial de grande escala no Complexo da Maré, RJ

As forças policiais do Rio de Janeiro estão conduzindo uma grande ação no Complexo da Maré, localizado na zona Norte do estado, na manhã desta quarta-feira (29). A operação, batizada de Conexão Perdida, é coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro e envolve tanto a Polícia Civil quanto a Militar. A iniciativa é realizada em cooperação com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo.

Os agentes estão executando mandados de busca e prisão contra membros do Terceiro Comando Puro (TCP) do Espírito Santo, que usam a área como uma base para expandir suas atividades criminosas. Imagens divulgadas por residentes mostram a atividade policial nas comunidades, com barricadas em chamas e ruas bloqueadas ao redor do Complexo.

Além das ações no Complexo da Maré, ordens judiciais também estão sendo cumpridas em áreas como Bonsucesso, Campo Grande, Laranjeiras, além de comunidades em Vitória, Espírito Santo. As investigações revelam que o grupo realizava extorsões contra trabalhadores de empresas que fornecem serviços de internet, água e gás, cobrando até R$ 10 mil por mês para que pudessem operar nas regiões controladas pela facção criminosa.

Para disfarçar os lucros ilegais, os membros da quadrilha mantinham várias contas bancárias, incluindo aquelas em uma casa lotérica e em um “banco paralelo” – uma entidade financeira não regulamentada que funcionava no Complexo da Maré oferecendo empréstimos aos moradores. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, esse “banco paralelo” era utilizado para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas local e de operações do TCP em Vitória (ES), movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano. A Secretaria também pediu o bloqueio de várias contas bancárias ligadas às atividades de lavagem de dinheiro da organização.

As investigações começaram em novembro de 2024, após a prisão de Luan Gomes de Faria, um traficante na capital do Espírito Santo. Ele e seu irmão, Bruno Gomes de Faria, os chamados “irmãos Vera”, são identificados como os líderes do TCP no estado. Bruno se deslocou para o Complexo da Maré após a detenção do irmão. O Centro de Operações Rio (COR) relatou que a Avenida Brasil foi bloqueada em ambas as direções, por volta das 4h47, devido à operação em andamento na Maré, mas a via já foi liberada. Diversas unidades da Polícia Militar participam da operação, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a unidade de elite da corporação.

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