O deputado Zucco, líder da oposição na Câmara, une-se a um grupo de parlamentares para protocolar um conjunto de solicitações de informações com o objetivo de exigir do governo o fim da falta de transparência envolvendo as atividades da primeira-dama, Janja, no Palácio do Planalto. Recentemente, foi divulgado que o Ministério Público Federal (MPF) iniciou um inquérito para investigar possíveis irregularidades na Presidência da República, em virtude da opacidade das ações do governo atual.
As solicitações da oposição foram dirigidas a cinco ministros do governo liderado por Lula, nomeadamente Rui Costa (Casa Civil), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). Cada requerimento busca obter esclarecimentos, de acordo com as atribuições de cada ministério, sobre diversos aspectos relacionados à atuação de Janja, como sua situação funcional no Palácio, despesas com passagens e diárias no exterior, a legalidade de sua representatividade em substituição ao presidente e vice-presidente, questões de sigilo de informações e investigações sobre possíveis violações de normas éticas.
Conforme mencionado por Zucco, a conduta da primeira-dama não se alinha com o papel institucional normalmente esperado, o que torna imprescindível a ação do Congresso em suas funções de supervisão e fiscalização.
O deputado afirma que “o Estado de Direito não permite que Janja custe milhões aos cofres públicos todos os anos, dispondo de uma equipe de servidores, influenciando políticas públicas e dirigindo críticas a membros do governo americano, sem a obrigação de prestar contas à sociedade, uma vez que não ocupa formalmente um cargo público ou um cargo eletivo”. Em decorrência da legislação vigente, o governo federal possui um prazo de 30 dias para que os ministros apresentem suas respostas às solicitações feitas.
Os requerimentos são subscritos por um total de vinte deputados, que representam diferentes partidos e estados, destacando o caráter coletivo da ação.